UMA FESTA TODOS OS ANOS MELHOR
«Garantir e alcançar novos avanços e soluções para os problemas»
Vive-se o efeito positivo resultante da entrega pela CDU de candidaturas a todos os municípios do Continente e da Região Autónoma da Madeira e a 15 dos 19 municípios da Região Autónoma dos Açores, ou seja a 304 dos 308 municípios do País e a um maior número de freguesias – 1805 – confirmando assim a CDU como grande espaço unitário de participação democrática em torno de um projecto autárquico distintivo.
Apresentadas as candidaturas, impõe-se agora planificar a campanha, alargar a rede de contactos criar dinâmica, mobilizar apoios à CDU, sem esquecer que a Festa do Avante!, principal prioridade do trabalho do Partido nesta fase e, em particular, a iniciativa de abertura e o grande comício de domingo, constituirão momentos privilegiados para um grande arranque da fase final da pré-campanha e início da campanha destas eleições.
A quinze dias da Festa do Avante!, avança a sua preparação em várias frentes num redobrado esforço para fazer dela uma festa sempre melhor. Com um programa de grande qualidade, esta vai ser de novo a festa do convívio, da amizade, da camaradagem, da alegria, do trabalho e da cultura, da solidariedade e da fraternidade, do desporto e da juventude, a festa da afirmação do PCP e do seu projecto, festa de Abril e dos seus valores, que se projectam no futuro.
Mas para que a Festa se afirme como essa realização notável, o maior acontecimento político-cultural do País, cujo êxito se reveste de importante significado político, importa dar particular atenção, nestes quinze dias, à sua divulgação, venda da EP, construção, organização dos transportes e funcionamento.
Esta semana foram divulgados dados quanto à evolução da situação económica nacional, designadamente no segundo trimestre (crescimento do PIB de 2,8% em relação a igual período do ano passado). São dados que comprovam as posições do Partido sobre a importância da defesa, reposição e conquista de direitos como elemento de combate a injustiças sociais e de estímulo ao crescimento económico. E confirmam de igual modo a insistência do PCP na necessidade de apostar no aparelho produtivo e na produção nacional, de responder às grandes questões nacionais no quadro da política patriótica e de esquerda para assegurar o desenvolvimento do País.
Quando se completam dois anos da entrada em funcionamento da Infraestruturas de Portugal – IP, que resultou da fusão da REFER com a Estradas de Portugal, o PCP pronunciou-se sobre este processo, referindo que «o tempo veio confirmar as objecções e alertas do PCP quando se opôs a mais uma das criminosas medidas do governo PSD/CDS», propondo a reversão da fusão destas duas empresas, «libertando-as dos constrangimentos impostos pelas Parcerias Público Privadas, avançando com os necessários investimentos nas infra-estruturas ferroviárias e rodoviárias a partir das necessidades específicas que se colocam a cada uma».
E enquanto o PCP avançava nesta linha de defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País, PSD e CDS prosseguiam a sua acção de desresponsabilização e branqueamento sobre as consequências da política de direita, de que são exemplo as afirmações de Passos Coelho no passado fim-de-semana, nomeadamente sobre o aumento extraordinário das pensões. Sobre o assunto, aliás, reafirma-se que só o PCP defendeu o aumento de 10 euros (para todos e a partir do início do ano), enquanto o PS remeteu a sua aplicação para Agosto e o BE se limitava ao reduzido aumento previsto na lei. Já com PSD e CDS, o que se teria, se não tivessem sido derrotados, era um corte extraordinário de 600 milhões de euros.
O veto pelo Presidente da República à lei que bloqueava o caminho à privatização da Carris, mesmo depois do desastre das privatizações agora tornado ainda mais evidente na situação da PT, revela sintonia com os interesses do grande capital e exige, como o PCP já considerou, que sejam estabelecidos elementos de protecção face a opções privatizadoras. A promulgação da lei que permite o acesso dos serviços de informações ao registo de comunicações pessoais sem mandato judicial (os chamados metadados), não solicitando sequer a sua apreciação ao Tribunal Constitucional depois de este ter declarado inconstitucional uma versão anterior idêntica é também motivo de preocupação e levou já o PCP a tomar a iniciativa para que possa ser promovida a fiscalização sucessiva da sua constitucionalidade.
Como referiu Jerónimo de Sousa em Monte Gordo, na passada terça-feira, «Os tempos que aí vêm são tempos de campanha eleitoral e de realização da nossa grande Festa do Avante! mas também de combate em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo».
Mas tal como aconteceu nos avanços até hoje conseguidos, a luta dos trabalhadores e do povo e a determinante intervenção do PCP irão prosseguir, não desbaratando as possibilidades e perspectivas abertas no plano político com a nova fase da vida política nacional para garantir e alcançar novos avanços e soluções para os problemas nacionais e para cada uma das regiões do País, afirmando sempre o caminho da alternativa, duma política patriótica e de esquerda, vinculada aos valores de Abril.